domingo, 27 de abril de 2014

A benção São João Paulo II “João de Deus!”

QUANDO criança, eu pensava que o Papa fosse um homem que tinha vindo diretamente do céu, escolhido por Deus para dirigir a mais antiga instituição humana na terra, a “Igreja Católica”. Ou seja, eu pensava que o Papa fosse um santo de carne e osso. Com o passar do tempo e com o aprofundamento da doutrina católica, tomei conhecimento de que o Papa é escolhido em uma reunião de Cardeais do mundo inteiro, encarregados de escolher o Papa, é o chamado “Conclave”. Com essa revelação fiquei um pouco decepcionado, como havia dito, eu tinha na pessoa do Papa um homem enviado por Deus. Acredito que algumas crianças ainda hoje pensem assim como eu pensava. Não deixa de ser uma coisa boa para elas.

POIS BEM, anos depois descobri que o Papa é realmente uma pessoa escolhida por Deus. Descobri isso com João Paulo II, um homem escolhido pelo Espírito Santo para guiar a Igreja Católica na terra. Foi através dele que me lembrei das palavras de Jesus Cristo a Pedro: “E tu... conforta teus irmãos” (Lc 22,32) “tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18). Quando esteve no Brasil pela primeira vez o Papa João Paulo II recebeu de nós brasileiros, o apelido de João de Deus. E de fato ele era esse homem de Deus.

ELE correspondeu a Cristo quando visitou vários países levando a paz e o amor, independente da fé e da religião desses povos, confortando os seus irmãos e lutando pela justiça. Foi um grande homem de Deus, sempre defendeu a vida e a dignidade dos homens o quanto teve vida. No dia 02 de abril de 2005, perdemos um dos Papas mais queridos da história. Um homem que morreu sem deixar nenhum bem material, numa tocante demonstração de fidelidade ao voto de pobreza. Chorei quando ele morreu, não só eu, mas o mundo, inclusive alguns não católicos.

NESTE último domingo do mês de abril de 2014, João Paulo II e João 23 são proclamados santos diante de centenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, no Vaticano, o choro desta vez foi de alegria. Somos gratos a Cristo pela pedra que colocou na base da Igreja durante o seu pontificado. Que ele interceda a Deus pelo Papa Francisco, nesta missão de evangelizar o mundo. 

JOÃO PAULO II, um homem de Deus. Um apaixonado por Jesus Cristo. Um filho de Maria. Um Santo. Sua benção! Amém.

Sandro Oliveira

O que é canonização

1. O que é?

É o ato pelo qual a Igreja Católica Apostólica Romana declara que uma pessoa morta é um santo, inscrevendo-a no cânon, ou lista, dos santos reconhecidos. O ato de canonização é exclusividade do Vaticano – ou seja, a coisa é decidida pelo mais alto escalão do clero e ratificada pelo próprio papa.

2. Quando surgiu o primeiro santo?

Nos primórdios da Igreja, não havia um processo formal de reconhecimento dos santos. Isso porque os primeiros mártires cristãos, como Pedro (apóstolo de Jesus e o primeiro papa), já eram cultuados popularmente. O primeiro santo canonizado por um papa foi Ulrich, bispo de Augsburg, que foi declarado santo pelo papa João 15, no ano de 993.

3. Como funciona o processo atual?


Tudo começa com a investigação do candidato pelo bispo da diocese em que ele viveu, onde é reunido o material referente à sua suposta santidade, como seus escritos e relatos dos milagres. O bispo aponta então um promotor da causa, para defender o candidato, e um “promotor da fé”, para checar e contrapor os argumentos. Daí são necessários que pelo menos dois milagres autênticos sejam comprovados para que o papa canonize o candidato.

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