Uma incomum onda de ataques de vespa causou 42 mortes e deixou quase 1.600 feridos na província de Shaanxi, no norte da China, nos últimos três meses, confirmaram nesta quinta-feira (3) autoridades de saúde.
Das mais de 1.600 pessoas que sofreram picadas do inseto, 206 delas seguem hospitalizadas, de acordo com os dados divulgados pela Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar chinesa, que pediu a todas as autoridades que "façam os maiores esforços para minimizar o número de mortes".
A província chinesa mantém ativo o alerta desde fim de setembro, quando foi percebido o aumento das mortes em relação aos anos anteriores. Os ataques de vespa são mais comuns nesta época do ano no país asiático.
As autoridades locais divulgaram informação aos cidadãos sobre como se proteger das picadas, e pediram que todos os estados se integrem para combater esta onda e destruir os ninhos de vespas que existem em áreas muito povoadas.
Médicos foram enviados as regiões mais afetadas, especialmente as rurais, que são de mais difícil acesso, para tratar os pacientes mais críticos, explicou a comissão.
A causa do aumento destes ataques ainda é desconhecida, disseram as autoridades à agência oficial "Xinhua".
As altas temperaturas registradas nos dois últimos meses em Shaanxi deixaram os insetos mais ativos, explicou à agência "Huang Rongyao", um especialista do Bureau Florestal da cidade de Ankang, uma das mais afetadas pelos ataques.
No entanto, para o professor Hua Baozhen a principal causa é a redução do número de "inimigos naturais" das vespas, como aranhas e pássaros, consequência de mudanças ecológicas.
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