Na última década, aumentou o número de brasileiros com mais
escolaridade, com carteira assinada ou com próprio negócio. Com isso, 37
milhões de pessoas saíram da pobreza e entraram para classe média. Os dados
foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgada hoje
em São Paulo.
Nos últimos dez anos, a carteira de trabalho foi conquistada por mais
de 47 milhões de trabalhadores. A pesquisa do IPEA mostrou ainda que entre 2001
e 2011 16 milhões de postos de trabalho foram criados. Com isso, a taxa de
desemprego atingiu o seu menor valor histórico: passou de 12,3% em 2003, para
5,5% em 2012. A remuneração média dos trabalhadores brasileiros também cresceu:
24%.
O estudo também constatou que a rotatividade nos postos de trabalho
aumentou. O" emprego formal no Brasil dura pouco - 82% dos trabalhadores
que ganham entre um e dois salários mínimos mudam de emprego a cada doze meses.
Isso porque, muitas vezes, o trabalhador se demite ou pede para ser demitido,
na verdade, para receber o seguro desemprego, FGTS. Chegamos a uma situação
onde o mercado de trabalho está nesta situação desejável de pleno emprego e
onde as despesas de seguro desemprego nunca foram tão altas”, diz o
ministro-chefe da secretaria de Assuntos Estratégicos Marcelo Neri.
A pesquisa mostrou que surgiu uma nova classe média no país, formada
por famílias com renda entre R$ 1.500 e R$ 7 mil. Os brasileiros que compõem
essa classe já somam metade da população e já respondem por 62% dos empregados
com carteira assinada.
Segundo o estudo do IPEA, 37 milhões de brasileiros saíram da pobreza
no período de 10 anos. Enquanto a renda per capita mensal dos trabalhadores
brasileiros cresceu 32%, a da nova classe média cresceu mais - 50,6%. Passou de
R$ 382 mensais por pessoa para R$ 576.
O trabalhador também está estudando mais. Os dados do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada mostraram que a força de trabalho no país ficou 27%
mais escolarizada. O número de anos de estudo passou de 6,7 anos em 2001 para
8,5 anos em 2011, mas o nível de escolaridade permanece limitado - acima do
fundamental completo.
“É o fato de ter trabalhadores mais ocupados e em ocupações melhores.
Muita gente saiu do emprego sem carteira para o emprego com carteira. Aumentou
salário de todos, até nos sem carteira e isso levou aumento a esse aumento
dessa chamada nova classe média”, completa Neri.
O estudo do IPEA também constatou que aumentou o número de
empreendedores individuais nos últimos três anos. Eram 45 mil em 2009 e hoje
são 2,7 milhões.
Quando decidiu abrir uma loja virtual de camisetas, José Luiz Tavares
Garcia quis fazer tudo direito. O primeiro passou foi registrar a empresa.
"Primeiro pela facilidade e segundo porque eu não estava abrindo como
hobby, é a minha empresa. Larguei meu emprego para abrir uma empresa.
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