terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Feliz Natal?

Feliz Natal! Essa sem dúvida foi a frase mais usada nos últimos dias. Uma pena que nem todos puderam viver um Feliz Natal. Por vários motivos, principalmente os nossos irmãos baianos, que por problemas climáticos passaram a noite de Natal e ainda estão vivendo uma situação de calamidade diante das fortes chuvas que castigam a região provocando enchentes e desabrigados. A eles minha solidariedade e que todos nós possamos ajudá-los.    

Natal, para alguns um momento para dar e receber presentes, enviar e receber mensagens vias redes sociais, cumprimentar amigos em encontros meramente sentimentais. Para o comercio um dia como uma oportunidade econômica, é ocasião ideal para consumir. 

Por outro lado, muitos veem o Natal como um dia qualquer, não porque gostariam que fosse assim, mas principalmente, pelos problemas sociais que afligem o país. Onde não se ver oportunidade e perspectiva nenhuma de uma vida melhor para se viver com dignidade. 

Se de um lado lhe falta o pão, porque do outro lado há acumulação. Se de um lado há quem passe fome porque, do outro lado há quem morra de indigestão. Se de um lado há os pobres, porque do outro lado há quem queira levar vantagem em tudo. Se de um lado morrem pessoas afogadas nas enchentes, porque do outro lado há que não tem um pingo de compaixão pelos desabrigados que clamam por ajuda. 

Quantas pessoas que passaram o Natal com a ceia repleta de comidas sofisticadas, e quantas outras tantas não tiveram e ainda não tem um grão de feijão para se alimentar e se sustentar para viver com dignidade. Quantas pessoas estavam na comilança, e não estavam nem aí para aquelas que precisam de ajuda para ter o pão de cada dia. Sem emprego, e ainda os que estão empregados, sentem-se inseguros porque vivem ameaçados de a qualquer momento perdê-lo.

Aparentemente, há pouco pão para repartir e muita gente para saciar. Mas só aparentemente. Porque, se fosse repartido com justiça, o pão não faltaria para ninguém. O Brasil tem cerca de 40 milhões de pessoas vivendo na miséria. Enquanto isso o governo federal faz de tudo para não ajudar, por outro lado, aumenta a renda dos mais ricos, com orçamentos secretos, onde deveriam ser público e bem aplicado. É uma vergonha e uma tristeza o que estamos vivendo.

O Natal só será feliz quando tivermos a capacidade, a disponibilidade e o amor de poder ajudar o próximo, nas suas dificuldades, não só no período natalino, com a famosa cesta básica de alimentos, uma velha conhecida da política de assistencialismo entregues como se fosse esmola, e são usadas como moeda de troca por políticos e até mesmo religiosos. O Natal só poderá ser feliz quando nos livrarmos dessa praga.    

Feliz Natal? 

Sandro Oliveira

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