Por Sandro Oliveira
A ÚLTIMA quarta-feira (13/03) foi um dia de muita expectativa para o mundo católico. Mais de um bilhão de fiéis estava acompanhando pela internet, pela televisão, sem contar os que estavam na Praça de São Pedro no Vaticano, esperando a fumaça branca sair da chaminé e depois ouvirmos o tradicional e emocionante “Habemus Papam”, expressão em latim que quer dizer: “Temos um Papa.”
EU estava confiante, e seria capaz até de apostar que o Arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, seria o novo Papa. Confesso que fiquei um pouco triste quando foi anunciado que o Papa não era brasileiro, e ainda por cima, argentino. Por um instante, deixei de lado o espiritual e pensei: “Ave Maria, esses argentinos do jeito que são, vão tirar uma onda danada com a gente” (já pedi perdão a Deus por isso).
POIS BEM, para a surpresa do mundo, o eleito foi o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, que quer ser chamado de Francisco, o primeiro Papa do continente americano. Mas não foi surpresa para o Espírito Santo, afinal, é o Espírito de Deus que guia e ilumina a Igreja.
DEPOIS que vi a história de vida do novo Papa, reconheci que de fato o Espírito Santo o escolheu. Ele é um homem humilde, simples, do povo, que pensa nos pobres (não que o brasileiro não tenha essas características), por isso a minha frustração inicial por não ter sido brasileiro passou, e comecei a admirar e a rezar pelo novo Papa, o escolhido de Deus. Afinal, ele é do mundo.
E AQUI, para nós, se fosse brasileiro, do jeito que nós somos, não iríamos deixá-lo em paz. Sabe por quê? Iríamos ficar pedindo a ele para dar aquele velho jeitinho brasileiro. Por exemplo, “Santo Padre, o senhor é brasileiro, veja o que o senhor pode fazer por mim aí. Teve um parente meu que morreu, mas não era muito boa coisa, andava falando mal da Igreja, mesmo assim, não dá para o senhor fazer um jeitinho e deixar a alma dele entrar no céu, não?”. Ia ser uma pressão danada dos políticos, do padre amigo da família, estava arriscado o Papa ceder e pedir a Deus que deixasse entrar no céu. E aí, já viu? Se deixasse um entrar, todo mundo ia querer.
CLARO que isso é brincadeira de minha parte, para entrar no céu, não depende do Papa e sim das nossas ações aqui na terra. Deus sabe o que faz. Mas que eu queria que fosse brasileiro, ah! Como eu queria, não só eu, mas todos do Brasil.
O ESPÍRITO de Deus escolheu Francisco da Argentina, e para a alegria de todos nós católicos, nós temos um papa. Que seja abençoado e iluminado assim como foi São Francisco de Assis. A bênção, Francisco de Deus, o nosso povo te abraça, seja bem-vindo.
Sandro Oliveira
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