sábado, 1 de novembro de 2025

Intercessão dos Santos: agradecimento, não comércio

Por Sandro Oliveira 

É comum entre nós, católicos, fazer promessas aos santos buscando alguma graça. Mas, às vezes, essas promessas são feitas no desespero e acabam virando uma espécie de troca com Deus. Vale a pena pensar sobre isso.

A Igreja acredita na intercessão dos santos, mas deixa claro: “Jesus é o único mediador entre Deus e os homens” (1Tm 2,5-6). Ainda assim, unidos a Jesus Cristo, há homens e mulheres que responderam ao chamado de Deus para serem santos. E esse chamado é para todos nós batizados – é só viver as bem-aventuranças (Mt 5,1-12).

Agora, não podemos transformar essa intercessão num rito mágico para resolver problemas, ou num comércio com Deus e com aqueles que tiveram fé de verdade. As promessas fazem sentido quando são um gesto de agradecimento a Deus pelos benefícios que Ele nos dá.

Por exemplo, eu distribuo uns pãezinhos no meu aniversário, durante a Trezena de Santo Antônio na igreja. Não foi uma promessa, nem sou devoto de Santo Antônio. Faço isso como agradecimento a Deus por mais um ano de vida. Santo Antônio pregou justiça e distribuiu o Pão da Palavra e comida para os pobres do seu tempo.

Por isso distribuo esses pães – na esperança de que quem come lembre que Deus é Pai de todos. Que as famílias tenham pão na mesa e que a gente se mexa para acabar com a fome. E que Deus aumente nossa fé e o amor para os que precisam.

Sandro Oliveira
Membro do Cursilho

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