domingo, 14 de setembro de 2025

O Sinal da Cruz em uma sociedade invertida

Por Sandro Oliveira 

Eu tenho um carinho especial pelas canções do Padre Zezinho. Uma delas me inspirou a começar este texto. A música se chama “De lá do interior”, e diz assim: Eu vim de lá do interior / Onde a religião ainda é importante / Lá, se alguém passa em frente da Matriz / Se benze e pensa em Deus / e não sente vergonha de ter fé...

Hoje, dia 14 de setembroa igreja católica, celebra a Exaltação da Santa Cruz, sinal de vitória, amor e redenção. E ao ouvir
 essa canção de Padre Zezinho, veio uma saudade dos tempos em que andar pelas ruas da minha cidade à noite era seguro, quando tínhamos a certeza de que nada de ruim aconteceria. Hoje essa certeza se foi. Nossa sociedade vive uma inversão de valores: quem vai à missa é visto como pacato; quem é sincero é chamado de otário; quem não usa drogas é careta; quem não mente parece não ir adiante... São distorções que a sociedade nos impõe, e se não ficarmos atentos, podemos acabar acreditando nelas.

Eu continuo sendo aquele que passa diante da Matriz, se benze, pensa em Deus e não tem vergonha da minha fé. E vou seguir ensinando isso às minhas filhas. É mais valioso ensinar uma criança a fazer o Sinal da Cruz do que entregá-la a uma sociedade injusta e cruel.

Recentemente, um jovem foi assassinado na rua onde vivi a minha infância. É doloroso, mas nossos jovens estão se matando. Hoje são os pais que enterram os filhos, não o contrário – mais uma inversão, não de valores, mas do próprio curso da vida. Os jovens de agora não saem mais para “paquerar”, mas para situações que podem terminar em morte.

Deus quer isso? Claro que não. Deus não quer violência; Ele quer vida, e vida em abundância (João 10,10). Muita gente morre não por vontade de Deus, mas por falta de amor entre nós. Precisamos encarar essa triste realidade. A falta de amor e as drogas estão levando nossos jovens não à Igreja, mas às cadeias ou ao cemitério. É duro dizer, mas é a verdade. Até no interior, alguns jovens não se benzem mais diante da Matriz, não se ajoelham mais para rezar.

Por isso, precisamos rezar mais e fazer algo pelos nossos jovens e adolescentes. Clamar a Deus pela vida dos que estão à margem, para que se libertem das drogas e encontrem Jesus. Que suas vidas sejam transformadas, para que nossas famílias sejam mais felizes.

Sandro Oliveira
Membro do Cursilho

Nenhum comentário:

Postar um comentário