Estava estampado nos jornais de todo o Brasil: um menino de 11 anos foi acorrentado pelos próprios pais pra evitar que ele fugisse de casa pra comprar e consumir crack. Olha, se existem coisas que nos chocam, é saber de fatos como esse e pensar que é só o que veio a público. Quantos outros casos estão acontecendo, principalmente aqui no nosso município, onde as drogas estão acabando com os nossos jovens.
O que fazer quando se descobre que alguém da família tá envolvido com drogas? Não são poucas as famílias que hoje tão impotentes diante dessa pergunta. Que "a droga é uma droga" não tenho dúvida, nem os que se tornaram escravos dela. Quantos gostariam de sair disso e não conseguem? Quantas pessoas atormentadas, quantas crianças e jovens enveredam pelo vício por um caminho muitas vezes sem volta. E ainda mais num mundo em que os tráfico ganham milhões e milhões.
Quando se sabe que pais fazem coisas como essa citada acima, dá pra imaginar o estado em que eles tão, a dor que eles sentem, o amor que faz eles agir desse jeito. Quantos pais vão na polícia pedir pra "prenderem" os filhos, porque já não sabem mais o que fazer com eles. O que é oferecido como solução ainda é muito fraco. As providências não alcançam uma boa parte. Faltam clínicas especializadas pra que os pobres tenham acesso e sejam tratados. Nas maiores, onde o tratamento é pago, são poucos que podem pagar.
É preciso que os pais se informem sobre isso, discutam sem preconceito ou falso moralismo e construam, desde criança, um espaço de respeito e de interesse pelos filhos – medidas pra impedir que a droga vire uma tragédia capaz de destruir uma família. É preciso que os pais saibam que a melhor prevenção tá no jeito como a gente educa os filhos. Ensinar que buscar prazer a qualquer preço é viver errado. Ensinar o caminho do bem e do amor.

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