OS FRANCESES denominam os avós com uma palavra belíssima e, sobretudo, significativa: “Grand-père, Grand-mére” (grande pai e grande mãe). Dessa maneira, a paternidade envolve toda a família. Pelos avós, a família é acolhida e amada: filhos, netos, bisnetos… O avô e a avó são um dom precioso para toda a família. Felizes as famílias que têm os avós próximos!
AS RUGAS dos avós não representam o tempo que passou, mas sua sabedoria: Quanta experiência para nos ensinar, quantos conselhos para nos orientar, quanta paciência para nos ouvir e quanta generosidade para nos ajudar. Serenidade, carinho, sabedoria, confiança e fé são características marcantes dos avós. A fé de nossos avós é a herança mais preciosa que recebemos.
ESSA realidade, felizmente, ainda pode ser vista em muitas famílias. No entanto, também é verdade que, em outros lares, existe pouco respeito entre os membros da família. As condições de vida da sociedade moderna, ainda que cada vez mais atentas às necessidades da terceira idade, fazem com que os avós se tornem vítimas, sobretudo da solidão, que é um duro sofrimento.
“OS AVÓS são depositários e, muitas vezes, testemunhas dos valores fundamentais da vida. A tarefa educativa dos avós é sempre muito importante e torna-se ainda mais, quando, por várias razões, os pais não conseguem assegurar uma presença adequada ao lado dos filhos. A presença dos avós é indispensável nas famílias. Um povo que não respeita os avós é um povo sem memória e, consequentemente, sem futuro” (Papa Francisco).
AOS AVÓS, que receberam a bênção de verem seus netos, foi confiada a missão de transmitir a experiência da vida, a história da família, a sabedoria e a fé. Por isso, pelo que foram e são, especialmente, pelo que representam para muitas famílias merecem gratidão especial. Pedimos, sobre eles, a proteção de São Joaquim e de Sant’Ana, avós de Jesus, porque cuidaram de Maria, sua filha, e de Jesus seu neto, “que crescia em sabedoria e graça diante de Deus e dos homens”. (Lc. 2,52).
Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
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