terça-feira, 15 de abril de 2025

Foi tudo verdade!

Por Sandro Oliveira

Tendo vivido o meu primeiro Cursilho em agosto de 1998, com participações posteriores em realizações de Cursilhos e presença marcante em Escola Vivencial, Ultreias e Assembleias, gosto muito de compartilhar algumas das experiências profundas que vivi nesse movimento. Costumo dizer, sem hesitar, que o Cursilho dividiu minha vida em antes e depois — foi um divisor de águas. 

Quando fiz o Cursilho, aprendi imensamente sobre a importância de viver o tripé fundamental do movimento: Oração, Formação e Ação. Com isso, pude entender melhor a fé que professo, o que acredito, ou seja, a minha própria profissão de fé ganhou novos contornos. Hoje, sinto que convidar alguém para fazer o Cursilho é, sem dúvida, um dos melhores presentes que posso oferecer a uma pessoa — é uma oportunidade preciosa de encontro com o divino e consigo mesmo.

Falando em convidar, quero dividir com vocês um pouco da minha experiência do pré-Cursilho. Fiquei um bom tempo me preparando para aquela vivência, e devo admitir que as pessoas que me convidaram na época, cheias de boas intenções, claro, me diziam coisas como: "Lá no Cursilho você vai ter tempo para jogar futebol, dominó... tomar um banho de piscina..." A preocupação deles era clara: queria evitar que o candidato desistisse de participar. Muito tempo se passou, e hoje, claro, não usamos mais dessas estratégias para convencer alguém a fazer o Cursilho — a essência fala por si. 

Eu fui fazer o Cursilho não exatamente pelo que me diziam sobre futebol, piscina ou dominó... Fui motivado pelo convívio de quase dois anos de preparação e por uma curiosidade profunda que me impulsionou a participar. E posso afirmar: foi uma das melhores experiências da minha vida. Sempre me emociono quando falo do MCC, e acabo me estendendo um pouco — é que não tem jeito, o tema me toca profundamente. Mas preciso concluir por aqui. Antes de terminar, porém, quero compartilhar com vocês um texto que escrevi em 10/09/1998...

Caros amigos,

Quando falaram do Cursilho, não havia exagero. Encontrei uma piscina cujas águas cristalinas jorram diretamente do peito aberto de Jesus. Ela está em todo lugar — no silêncio do quarto, na comunhão do refeitório, na intensidade da sala de mensagens, no sussurro do corredor, na contemplação da capela. Aquela casa é um pedaço de céu palpável. Mergulhei nessa piscina e me vi num mar de Graças, sendo levado pelas ondas do amor até o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É um afogar-se de encontro ao divino, um perder-se para se encontrar pleno.

E o campo de futebol? É idêntico ao que vocês descreveram. O time tem dois craques: você e Jesus Cristo. E Ele, numa surpreendente coincidência, também assume o papel de juiz — decretando um pênalti a seu favor. A marca da penalidade está a apenas 1 metro da trave gigantesca — 100 metros de largura por 20 de altura. E o mais extraordinário: não há goleiro para defender. Tudo depende de você: basta chutar, fazer o gol e correr para os braços estendidos de Jesus. Não é o gol que se celebra ali — é a alegria, é a felicidade de estar com Ele.

Posso garantir, tudo foi verdade. 


Sandro Oliveira
Membro do Cursilho

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