Van superlotada põe em risco passageiros

Quero demonstrar a minha indignação com a empresa de transporte que faz a linha Coração de Maria-Feira de Santana.
Hoje 12/01, ao sair de uma consulta médica em Feira de Santana, fui até o ponto e entrei na Van para vir para Coração de Maria, onde moro. Até aí tudo bem, nada de anormal, mas a situação começou a ficar ruim, porque toda vez que passávamos em frente de um ponto o motorista parava para pegar mais passageiros. A última parada foi para pegar alguns trabalhadores de uma grande construção próxima à estrada para o aeroporto. Foram 10 homens, que saiam cansados do dia duro de trabalho, e o que mais desejavam era chegar em casa, tomar banho e descansar. Com esses últimos passageiros, a Van veio superlotada - 29 pessoas, incluindo a cobradora e o motorista. Alguns passageiros vinham pendurados na porta por não terem mais onde se apoiar. Entre nós estavam 4 crianças e todo esse povo estava num veículo com capacidade máxima de 16 pessoas.
Olha gente, a ganância dessas pessoas, desses motoristas irresponsáveis ultrapassa os limites e nós passageiros somos quem pagamos por isso. Ficamos apertados entre os bancos e até corremos o risco de nos machucar por causa da superlotação. Sem contar que com a superlotação os pneus podem não suportar o peso e estourar, podendo causar um acidente de proporções trágicas, a exemplo do ocorrido em 2009 quando morreram 8 pessoas que desejavam simplesmente chegar em casa.
Quando algum passageiro fala alguma coisa, eles não aceitam, ou seja, não podemos reclamar de uma coisa que estamos pagando. Somos tratados como se fóssemos gado no caminhão.
Eu sei que os motoristas são pessoas conhecidas que precisam trabalhar para ganhar o pão, mas para isso não podem colocar a nossa vida em risco. Quando a AGERBA tenta fiscalizar, muitos motoristas acham que está atrapalhando o trabalho deles, no entanto, deveriam trabalhar de maneira correta e responsável. É uma falta de respeito com as pessoas que saem exaustas do serviço e tem de encarar esse tipo de coisa. Espero que tenham mais respeito por nós, e que os passageiros tenham coragem de reclamar.

(Sandro Oliveira)