Por Sandro Oliveira
NUMA noite, do mês de dezembro do ano 2000, estávamos reunidos na casa de uma senhora a quem todos chamavam carinhosamente de Tia Êta. Para mim ela realmente era minha tia, pois era irmã do meu pai. Tínhamos uma amizade adquirida através do Movimento Cursilhos. Era bastante religiosa, uma grande liderança da paróquia, nutria uma profunda devoção ao Sagrado Coração de Jesus e ao Sagrado Coação de Maria.
POIS bem, nesta mesma noite, conversa vai, conversa vem, de repente, uma senhorinha interrompe a reunião e entrega uma capelinha com a imagem de Nossa Senhora. Carinhosamente, Tia Êta recebeu a imagem, beijou, colocou em cima da mesa ao lado do oratório e acendeu uma vela.
FIQUEI curioso e encantado com aquela cena e perguntei como funcionava essa devoção de levar a imagem da santa de casa em casa, e demonstrei interesse em receber a visita da imagem na minha casa também. Ela me disse que só tinha uma imagem que percorria trinta casas, mas tinha um dia que estava vago, pois uma família tinha ido embora da cidade, foi aí então que ela passou pra mim esse dia.
MAS, movido pela fé e com o desejo ardente de evangelizar, pouco tempo depois, assumir a empreitada de ir atrás dos meios para adquirir mais imagens da capelinha de Nossa Senhora com o Menino Jesus no colo, para visitar não só a minha casa, mas a casa dos meus vizinhos e de outras famílias da paróquia.
MESES depois, precisamente, em 25 de março de 2001, organizamos uma caravana para a cidade de Salvador para a inauguração do Santuário da Mãe Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Nesse mesmo dia, agendei com as Irmãs de Maria de Schoenstatt, responsáveis pelo santuário, uma visita para conversarmos sobre os trâmites para recebermos novas imagens para a nossa paróquia. Em setembro de 2001 novas capelinhas chegaram.
HOJE, segundo a coordenação paroquial atual, são 15 imagens visitando 450 famílias. Infelizmente, a coordenação atual informou que algumas pessoas perderam um pouco do entusiasmo e acolhida que tinham quando tudo começou. Mesmo assim, receber a capelinha continua sendo motivo de muita alegria para a maioria das famílias.
A CAPELINHA fica um dia em cada casa, sendo assim, 30 famílias visitadas (quando o mês tem 31 dias, a última família fica com a imagem por dois dias). O recomendado é que para a circulação seja entre famílias próximas para facilitar a locomoção. Antes de levar a Mãe Peregrina para a família seguinte, reza-se a oração de despedida. Há muito tempo deixei de fazer parte da coordenação, mas continuamos recebendo com muita alegria a imagem em nossa casa.
O FATO é que a presença da imagem de Nossa Senhora com menino Jesus nos braços em nossa família deve provocar em nós sentimentos bons, desejo de perdão, cultivo do amor e prática da fraternidade. Receber a capelinha na nossa casa é uma maneira de fortalecer a nossa fé!
CONFESSO que tenho uma alegria muito grande de ter contribuído para que essa devoção se expandisse em nossa paróquia. Torço para que continue sendo uma expressão profunda de fé e amor na vida de muitas famílias da nossa paróquia.
Nossa Senhora, rogai por nós!
Sandro Oliveira
Membro Movimento de Cursilhos