terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Exemplo de vida: Uma forma de evangelizar

Muitos pregadores fazem palestras inspiradoras e trabalham com grupos, mas o curioso é que, em sua vida cotidiana, nas relações familiares e na comunidade, deixam a desejar. Pregam uma coisa, mas agem de maneira oposta. Essa situação é extremamente séria e representa um mau exemplo. Jesus se referia aos fariseus como hipócritas, chamando-os de serpentes e prole de cegos, pois ensinavam uma doutrina que não praticavam (Mt 23,13-19 e Mt 23,29-33). 

Quando minha vida não reflete o que eu prego, quando não está alinhada com os ensinamentos do Evangelho, por mais eloquente que eu seja, minhas palavras perdem valor, pois estou vivendo em pecado. Paulo, em sua carta aos Efésios, afirma: "Conduzam-se de maneira digna da vocação a que foram chamados" (Ef 4,1).

Atualmente, temos à disposição diversas oportunidades e informações, o que nos leva a compartilhar nosso testemunho de fé em todos os lugares onde estivermos. Isso implica em disseminar a mensagem de Jesus, repleta de sabedoria, consolo e alegria. Há inúmeras maneiras de evangelizar: praticando a bondade, ouvindo os outros, espalhando alegria e acolhendo aqueles que estão necessitados. Todos conhecemos a trajetória de Irmã Dulce; é provável que nunca tenhamos assistido a um DVD dela em uma palestra, mas seu legado de amor ao próximo é imenso.

Pois é, ela disseminou a mensagem e ensinou outros a fazerem o mesmo. Foi reconhecida pela Igreja e canonizada. Para muitos, incluindo eu, ela sempre foi uma santa. Viveu de acordo com tudo o que foi pedido por Jesus. “Quando foi que te encontramos enfermo..., e fomos te visitar? Então o Rei lhes dirá: Em verdade vos digo que sempre que fizestes isso a um dos mais humildes de meus irmãos, a mim o fizestes!” (Mt. 25,39-40).

A evangelização consiste em transformar a consciência individual e a de grupo das pessoas. Evangelizar é anunciar, por meio de cada um, que Jesus Cristo é o único redentor da humanidade. Não são necessários grandes feitos para compartilhar testemunhos; nem sempre isso ocorre dessa forma. Existem inúmeras pessoas que se assemelham a nós e não precisamos buscar impressioná-las. O que precisamos é ser um bom pai, uma boa mãe, um(a) filho(a) exemplar, um(a) cônjuge dedicado(a), um(a) amigo(a) leal e um(a) colega de trabalho solidário(a). Tenha a certeza de que nosso exemplo de vida pode ser uma significativa fonte de libertação para eles.

Portanto, você que integra uma pastoral, realiza pregações e lidera grupos religiosos, reconheça que a forma mais eficaz de compartilhar a fé é através do nosso exemplo de vida.

Sandro Oliveira
Membro do Movimento de Cursilhos de Cristandade

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