Alguns fiéis paroquianos me fazem a seguinte pergunta: “Sandro, o jornal da igreja acabou?” E a resposta é: “Sim e não”. Na verdade, o informativo teve sua distribuição interrompida por causa da pandemia do coronavírus, em virtude do fechamento da igreja e da preocupação de infecção por meio de toque no papel. Com isso, o último informativo impresso foi em março de 2020, após 14 anos de sua fundação.
Com o advento das mídias sociais, os informativos impressos têm passado por dificuldades. Mas será mesmo o fim do nosso jornalzinho paroquial? Não sei! O fato é que ele tinha uma função importante para os fiéis que não são adeptos de mídias sociais, principalmente, alguns dizimistas.
Em janeiro de 2006, conversei com o padre João Carlos Falcão, então pároco local, sobre a necessidade de criar um informativo com o objetivo de informar aos fiéis sobre as atividades paroquiais. Ele gostou da ideia e me autorizou a fazê-lo, daí comecei a desenvolver o pequeno jornal.
No dia 5 de março de 2006, primeiro domingo da Quaresma, começamos a distribuir o primeiro exemplar do informativo paroquial denominado de O Santíssimo. O padre ficou satisfeitíssimo, e o periódico foi um sucesso entre os devotos do Sagrado Coração de Maria.
Um informativo simples, com duas laudas, no qual existia na primeira edição, a coluna Palavra do Pároco, uma notícia com o cartaz da Campanha da Fraternidade, datas das festas de padroeiros das comunidades, artigos do Arcebispo Dom Itamar, do Papa Bento XVI, um espaço dedicado a Nossa Senhora e notícias da paróquia.
A partir de agosto de 2006, comecei a publicar textos de minha autoria, foram vários. Convidei alguns leigos da paróquia, para que escrevessem textos para publicação no jornal, mas, infelizmente, ninguém se propôs. Uma publicação que fazia muito sucesso era a data dos dizimistas aniversariantes do mês. Era uma forma de reconhecimento pela fidelidade na devolução do dízimo. Eles cobravam quando não encontravam o seu nome na lista, reclamando na secretaria paroquial.
Era um trabalho, ou melhor, uma missão prazerosa. Mas também tive vontade de desistir em alguns momentos. Alguns padres davam um trabalho danado para me entregar o artigo do mês, tinha que implorar. Algumas vezes coloquei artigos do Arcebispo no lugar porque o padre não tinha me entregado o texto. Mas no frigir dos ovos, eu adorava fazer o jornalzinho. Por enquanto, não pretendo voltar a fazê-lo. Torço para que possa ressurgir, quem sabe, com outro nome, novas ideias e novos colabores.
Sandro Oliveira
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