sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Intercessão dos Santos: Agradecimento, não comércio

É comum entre nós, católicos, fazer promessas aos santos buscando alguma graça. Mas às vezes essas promessas são feitas no desespero, e acaba virando uma espécie de troca com Deus. Vale a pena pensar sobre isso.

A IGREJA acredita na intercessão dos santos, mas deixa claro: “Jesus é o único mediador entre Deus e os homens” (1Tm 2,5-6). Ainda assim, unidos a Jesus Cristo, há homens e mulheres que responderam ao chamado de Deus para serem santos. E esse chamado é pra todos nós batizados – é só viver as bem-aventuranças (Mt 5,1-12).

AGORA, não podemos transformar essa intercessão num rito mágico pra resolver problemas, ou num comércio com Deus e com aqueles que tiveram fé de verdade. As promessas fazem sentido quando são um gesto de agradecimento a Deus pelos benefícios que Ele nos dá.

POR exemplo, eu distribuo uns pãezinhos no meu aniversário, durante a Trezena de Santo Antônio na Igreja. Não foi uma promessa, nem sou devoto de Santo Antônio. Faço isso como agradecimento a Deus por mais um ano de vida. Santo Antônio pregou justiça e distribuiu o Pão da Palavra e comida pros pobres do seu tempo.

POR ISSO distribuo esses pães – na esperança de que quem come lembre que Deus é Pai de todos. Que as famílias tenham pão na mesa, e que a gente se mexa pra acabar com a fome. E que Deus aumente nossa fé e o amor pros que precisam.

OS SANTOS são exemplo pra nós, sinal do caminho verdadeiro a seguir: Jesus Cristo. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). Se não for assim, fazer promessas pode acabar nos prendendo, nos afastando da fé ou virando os santos em talismãs – e isso tá longe do que é ser cristão de verdade.

Sandro Oliveira
Membro do Movimento de Cursilhos

Nenhum comentário:

Postar um comentário