Por Sandro Oliveira
Sempre que escrevo um artigo para O Santíssimo, o informativo da nossa Igreja, minha filha Marcelle comenta: - Ah, Pai! Eu adoro ler O Santíssimo quando traz relatos da sua vida ou da nossa família. Foi com isso em mente que decidi dividir um pouco das minhas vivências.
Na infância, meu sonho era tornar-me padre. Cheguei até a encenar celebrações de missa! Contudo, com o passar do tempo, percebi que essa não era a minha verdadeira vocação, especialmente ao entender que um padre não poderia ter namorada ou se casar. Hoje, reconheço que minha verdadeira vocação está no casamento. Sinto isso nos momentos em que minhas filhas fazem uma verdadeira bagunça e sou chamado a arrumar a sala, organizando brinquedos e livros espalhados... Ao me deitar, reflito: “É maravilhoso ser casado e ser pai”. A vida em família nos ensina a cultivar a paciência, a abrir mão de nossos desejos com amor, e a dedicar tempo para ouvir, abraçar e amar.
O dia 11 de agosto é dedicado aos Pais. Há dezenove anos ocupo esse papel – e esse período tem sido o mais gratificante da minha existência. Ser pai vai além do que eu supunha: é uma dádiva divina. Minhas filhas me instruem a cada dia sobre como ser um pai exemplar. Com elas, percebo que paternidade envolve mais do que apenas trazer uma criança ao mundo – trata-se de uma responsabilidade de auxiliar os filhos a se tornarem pessoas melhores, até superiores a nós.
Ser pai começa antes mesmo da chegada do filho; é uma chamada que já faz parte de quem somos. Aqueles que têm a vocação de ser pais podem não ser biológicos, mas encontrarão maneiras de exercer essa paternidade. Alguns optam pela adoção, outros atuam como mentores. Muitos pais desejam que seus filhos se tornem médicos, professores, advogados… Não há nada de errado com isso. No entanto, do fundo do meu coração, quero que minhas filhas escolham carreiras que realmente amem, que estejam alinhadas com suas vocações. Acima de tudo, desejo que sejam cristãs autênticas. Esse deve ser o objetivo central: amar o próximo como a si mesmo (Mat. 22,34-40).
Sinto uma grande felicidade ao participar da procissão da Eucaristia ao lado das minhas filhas. Sempre tive o desejo de ensiná-las sobre a fé antes de apresentá-las ao mundo. Sem dúvida, ser pai é uma das experiências mais gratificantes da vida! A todos os pais, desejo muitas alegrias! Que nunca se esqueçam da importância desse papel. Que Deus abençoe a todos.
Sandro
Oliveira

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