terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Entrevista com Papai Noel

Acredite, se quiser, mas eu consegui agendar uma conversa com o bom velhinho. Ele estava muito atarefado, pois é a época natalina, e comentou que não poderia se alongar, pois tinha uma grande quantidade de presentes para distribuir. Para iniciar, eu fui direto ao ponto e fiz a seguinte pergunta:

Sandro Oliveira: Papai Noel, que negócio é esse do senhor querer aparecer mais do que o aniversariante? 

Papai Noel: De jeito nenhum, espere um pouco, nunca imaginei que minha existência fosse mais importante do que a de Jesus Cristo. Ele é o nosso criador e Senhor, tanto meu quanto seu.

SO: Mas, o que percebo durante o período natalino são estabelecimentos e residências decoradas com a imagem de um senhor de roupas vermelhas, ou seja, a sua representação. O que tem a comentar sobre isso?

PN: É uma realidade! Não posso contestar que as pessoas esqueceram certas prioridades. No entanto, quero reforçar que em nenhum momento busquei me colocar acima de Jesus, e de fato não sou. Ao iniciar a entrega de presentes, sempre afirmei que meu nome não deveria ser o mais importante, mas sim o de Jesus.

SO: Gostaria que o senhor esclarecesse isso com mais detalhes.

PN: Veja, meu querido, eu só apareço para visitar as pessoas uma vez anualmente. E é isso! Enquanto Jesus está presente com vocês todos os dias, Ele é o nosso Redentor. Infelizmente, minha imagem foi ligada ao consumismo para impulsionar as vendas durante o Natal. Acabou que hoje eu sou um produto desse sistema capitalista. Mas não concordo com essa noção. Por isso, quero aproveitar esta oportunidade que você me oferece para lembrar a todas as crianças e também aos adultos: Jesus é o maior de todos, a Ele devemos prestar homenagens e expressar nossa gratidão.

SO: O senhor então é símbolo de fraternidade ou de consumismo?

PN: Meu jovem (risos), você está tentando me colocar em uma situação complicada, quer que eu saia do meu trabalho, é isso?

SO: (rindo) Certamente que não, mas esclareça de forma mais detalhada para que os pequenos consigam compreender.

PN: Claro. Conforme mencionei anteriormente, atualmente o consumismo domina as celebrações de Natal, e o espírito de união parece ter sido relegado a um papel secundário. No entanto, minha perspectiva é diferente; eu a encaro como Jesus. Dou mais importância às conexões humanas e às atitudes generosas, desde um simples abraço até os momentos de confraternização com familiares e amigos.

SO: Papai Noel, o senhor sabe o meu nome?

PN: Você está vendo isso, meu filho? Não tenho certeza e também não te questionei sobre isso. Se fosse Jesus, já saberia qual é o seu nome. Ele tem conhecimento de tudo. Ele já conhecia nossos nomes antes de nascermos. Mas qual é mesmo o seu nome?

SO: Eu sou Sandro – Papai Noel, poderia me contar de onde você vem e como alcançou tanta fama?

PN: Meu nome verdadeiro é Nicolau, e nasci na Turquia no ano 280 d.C. Já cheguei a ser bispo. Naquela época, eu costumava ajudar os necessitados, deixando pequenos pacotes com moedas perto das chaminés das residências. Devido às minhas boas ações, fui canonizado como santo (São Nicolau) após várias pessoas relatarem milagres a mim atribuídos. É importante lembrar que quem realiza os milagres é Jesus Cristo. A ligação da minha imagem com o Natal surgiu na Alemanha. Nos Estados Unidos, eu passei a ser conhecido como Santa Claus, enquanto no Brasil me chamam de Papai Noel. Acabei me adaptando a esse nome, e agora ele é parte de mim.

SO: Gostaria que o senhor deixasse uma mensagem para nossos leitores.

PN: Desejo a todos um Natal repleto de saúde, tranquilidade e amor!

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