quarta-feira, 2 de julho de 2008

Eles estão de volta

Ano de eleição? Preste atenção: “eles estão de volta” com seus velhos slogans: “gente da minha terra”, “meu povo”, “minha comunidade”, “meus irmãos”, entre outros. Com discursos repletos de demagogia (alguns até se emocionam), esses oradores manipulam os sentimentos do eleitor menos favorecido. Distribuem brindes, dinheiro, e favores por toda parte.

Para iludir o eleitor, chegam a alterar seus discursos, mas, desculpem-me, são os mesmos lobos camuflados de ovelhas entre o povo. Como diz um conhecido provérbio: “as moscas mudam, mas o lixo permanece”, por isso é fundamental que o eleitor esteja atento e escolha com consciência.

Tomemos como exemplo: um partido apoia o candidato de outro partido, que por sua vez apoia um terceiro, porque o governo atual não é aliado do presidente, e assim por diante. Ficou claro? Ou ao contrário, ficou confuso? Mas essa é a estratégia dos políticos: confundir e tornar tudo nebuloso para o eleitor; eles trocam de partidos como se estivessem trocando de vestuário.

Isso não significa que todos os partidos sejam iguais; existem diferenças entre eles, tanto na origem quanto na estrutura e nas abordagens. Portanto, o voto vai além de uma obrigação cívica; é um direito nosso, enquanto cidadãos. Precisamos escolher candidatos que se comprometam, não com um pequeno grupo de amigos, mas com a sociedade como um todo.

Sandro Oliveira
Membro da Pastoral Familiar

terça-feira, 1 de julho de 2008

Construindo Relações Fortes: Contra as Drogas

Estava estampado nos jornais de todo o Brasil: um menino de 11 anos foi acorrentado pelos próprios pais pra evitar que ele fugisse de casa pra comprar e consumir crack. Olha, se existem coisas que nos chocam, é saber de fatos como esse e pensar que é só o que veio a público. Quantos outros casos estão acontecendo, principalmente aqui no nosso município, onde as drogas estão acabando com os nossos jovens.

O que fazer quando se descobre que alguém da família tá envolvido com drogas? Não são poucas as famílias que hoje tão impotentes diante dessa pergunta. Que "a droga é uma droga" não tenho dúvida, nem os que se tornaram escravos dela. Quantos gostariam de sair disso e não conseguem? Quantas pessoas atormentadas, quantas crianças e jovens enveredam pelo vício por um caminho muitas vezes sem volta. E ainda mais num mundo em que os tráfico ganham milhões e milhões.

Quando se sabe que pais fazem coisas como essa citada acima, dá pra imaginar o estado em que eles tão, a dor que eles sentem, o amor que faz eles agir desse jeito. Quantos pais vão na polícia pedir pra "prenderem" os filhos, porque já não sabem mais o que fazer com eles. O que é oferecido como solução ainda é muito fraco. As providências não alcançam uma boa parte. Faltam clínicas especializadas pra que os pobres tenham acesso e sejam tratados. Nas maiores, onde o tratamento é pago, são poucos que podem pagar.

É preciso que os pais se informem sobre isso, discutam sem preconceito ou falso moralismo e construam, desde criança, um espaço de respeito e de interesse pelos filhos – medidas pra impedir que a droga vire uma tragédia capaz de destruir uma família. É preciso que os pais saibam que a melhor prevenção tá no jeito como a gente educa os filhos. Ensinar que buscar prazer a qualquer preço é viver errado. Ensinar o caminho do bem e do amor.

Sandro Oliveira
Membro da Pastoral Familiar