UM fato que chama bastante atenção nas festas de final de ano. São às superstições que envolvem o povo na passagem de um ano para o outro. Ouvi pessoas falando que vão vestir-se de branco, colocar um galho de arruda na orelha, jogar flores no mar, e por aí vai.
ORA, não vai adiantar nada disso, se usou calça branca, camisa branca e por dentro, ter um coração cheio de ódio, rancor, ressentimento. Jesus nos chama a atenção quanto a isso: "Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a túmulos caiados: formosos por fora, mas por dentro" (Mat 23, 27-28).
DE um jeito ou de outro, o ano novo vai chegar, com ou sem galho de arruda, com ou sem roupa branca. O engraçado é que, teoricamente continuará tudo igual. Temos os mesmos amigos, outros o mesmo emprego, outros, infelizmente, ainda desempregados, outros as mesmas dívidas, seremos a mesma pessoa que fomos no ano que passou, enfim, a única diferença é que temos, não um mês, mas doze meses pela frente para mudar muitas coisas que ainda andam fora do plano de Deus.
NESSE contexto, convido a todos para uma profunda reflexão: Como vai nosso relacionamento familiar? Estamos vivendo no diálogo, na unidade, amor e respeito? Como foi a nossa família durante o ano que está acabando?
ASSISTIMOS pela televisão episódios de violência de irmãos contra irmãos, de pais contra filhos, enfim, tudo que vai contra aos valores cristãos. Será que nossa família também vive situações semelhantes? O que se passa em nossas famílias? Vivemos em paz com outras famílias? Essas perguntas nós devemos responder para nós e para os nossos familiares dialogando com franqueza e com amor.
DEVEMOS amar a nossa família, mas não devemos nos esquecer das outras. A Sagrada Família não ficava isolada em sua casa, prova disso foi nas bodas de Caná (Jo 2, 1-12), quando Maria pediu a Jesus para que Ele ajudasse aquele casal amigo na hora em que eles estavam precisando. Um gesto concreto de que devemos estar sempre em união com todas as famílias.
VOLTANDO as roupas brancas, temos sim, que nos vestir de branco por dentro, ter um coração cheio de amor, de paz e esperança, o resto é pura superstição. Eu convido a todos para o ano de 2018 rezarmos em família e pelas famílias, fazer algo que ajude a sua e as outras famílias.
Sandro Oliveira
Membro da Pastoral Familiar
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